Por um Mundo sem Religião
Humanismo, História, Cultura e Religião
A Fraude sobre as Visões de Ana Catarina Emmerich. Maria, mãe de Jesus, se existiu, nunca esteve em Éfeso.
Por Ana Burke
Até o ano 325 d. C., ano em que aconteceu o “primeiro Concílio de Nicéia” organizado por Constantino com a participação de bispos vindos de todos os lugares e, não existia Maria ou qualquer menção a respeito dela pelos padres. Em nenhum dos Concílios ocorridos antes de Nicéia, ou no Concílio de Nicéia se falou em Maria.
Hoje a Igreja Católica conta histórias sobre aparecimentos de Maria antes desta época, que não existiram, querendo fazer crer que existia veneração do povo à “Virgem Maria”, o que é impossível. O que existia até Constantino era a adoração exacerbada do povo pela deusa egípcia Ísis em todos os lugares na época.
O Concílio de Nicéia foi realizado porque Constantino, que estava tentando implantar uma religião única, via em Ário, uma ameaça aos seus planos. O principal objetivo desta reunião foi então, combater e destruir Ário, cuja influência era muito grande entre todas as pessoas da época. Implantar o cristianismo foi uma idéia que surgiu da cabeça da família aristocrática romana Piso muito antes de Constantino, a mesma família que escreveu o Novo Testamento por volta do ano 100 d. C. usando para isto o próprio livro sagrado dos Hebreus.
Neste encontro, simplesmente não existia Maria. Ninguém ainda havia pensado em Maria como “virgem” ou ser divino e fazedora de milagres até esta data. Não existiu nenhuma discussão a respeito de aparicões ou visões de Maria neste concílio ou em Concílios anteriores a este. A maior preocupacão de Constantino e dos bispos, era Ário, um padre de Alexandria que discordava dos absurdos e mentiras que se estava tentando aplicar em cima da população. Ário afirmava que o Filho era diferente do Pai em substância, o que era inaceitável para Constantino, organizador do Concílio, que tinha interesses políticos advindos das decisões que viriam, como resultado deste encontro.
Definiram neste Concílio que Jesus era Deus (até este momento não existia Espírito Santo), excomungaram e exilaram Ário e outros dois que votaram contra, assim como queimaram os seus livros. Criaram ainda o credo, acrescentando no final deste, que aqueles que discordassem do que estava escrito neste credo seriam “anatematizados, o que quer dizer, excomungados. A partir daí, todos os católicos repetem este credo como uma oracão, em que, é óbvio, foi retirado a parte da ameaca de excomunhão. Seria estranho dizer no final: “Quem não acredita nisto vai ser excomungado”.
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O Credo de Nicéia original
Cremos em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis; E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado do Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial do Pai, por quem todas as coisas foram feitas no céu e na terra, o qual por causa de nós homens e por causa de nossa salvação desceu, se encarnou e se fez homem, padeceu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e virá para julgar os vivos e os mortos; E no Espírito Santo. Mas quantos àqueles que dizem: ‘existiu quando não era’ e ‘antes que nascesse não era’ e ‘foi feito do nada’, ou àqueles que afirmam que o Filho de Deus é uma hipóstase ou substância diferente, ou foi criado, ou é sujeito à alteração e mudança, a estes a Igreja anatematiza (excomunga).
Epifânio de Salamina (em latim, Epiphanius) foi um bispo da cidade de Salamina, ilha de Chipre. Ele ganhou reputação como um forte defensor da ortodoxia cristã. Epifânio morreu em, aproximadamente, em 403 d.C., e afirma que nunca, ninguém soube nada sobre a morte de Maria ou se Maria continua ou não viva até hoje. Segundo ele, as escrituras mantiveram absoluto silêncio sobre o fim de Maria. Epifânio vivia perto da palestina e, se tivesse qualquer conhecimento sobre a morte de Maria, ou se ela subiu ao céu de corpo e alma, ele certamente saberia. Quando se lê a literatura de todos os primeiros padres do cristianismo, nenhum deles cita Maria como tendo aparecido a alguém ou que alguém teve visões com Maria.
Durante séculos, na Igreja primitiva , há um completo silêncio sobre final de Maria. A primeira menção é de Epifânio , em 377 d. C., que afirma especificamente que ninguém sabe o que realmente aconteceu com Maria. Ele morava perto da Palestina e se houvesse , de fato, sobre alguma tradição em relação a veneração de Maria pela Igreja como geralmente se acredita ele saberia. Mas ele afirma claramente que ” o seu fim , ninguém sabe . ” Estas são suas palavras:
Mas se alguém pensa estar sendo enganado, deixá-os examinar as Escrituras . Eles não encontrarão a morte de Maria , não vão descobrir se ela morreu ou não morreu, não vão descobrir se ela foi enterrada ou não foi enterrada … A escritura é absolutamente silenciosa [quanto ao final de Maria] … De minha parte , não me atrevo a falar, mas eu mantenho meus próprios pensamentos e prático o silêncio … Ela morreu , não sei … Ou a santa Virgem morreu e foi sepultada … Ou ela foi morta … Ou ela permaneceu viva… O seu fim , ninguém sabe ” (Epiphanius, Panarion, Haer. 78.10-11, 23. Cited by juniper Carol, O.F.M. ed., Mariology, Vol. II (Milwaukee: Bruce, 1957), pp. 139-40). Disponível em: < http://www.christiantruth.com/articles/assumption.html> Acesso em 18/04/2013.
O primeiro Concílio de Éfeso foi o terceiro concílio ecumênico do início da Igreja Cristã, realizado em 431 na Igreja de Maria em Éfeso, na Ásia Menor.
Segundo estudos não existia esta “Igreja de Maria” em Éfeso no ano de 431 d. C., e nenhuma prova de que Maria esteve ou foi viver em Éfeso ou que Éfeso foi escolhida porque o povo desta cidade teria fé em Maria. A Igreja diz que Maria foi viver em Éfeso com João Evangelista e que viveu lá até a morrer e subir aos céus de corpo e alma.
O QUE DIZ A BÍBLIA?
É verdade que João Evangelista esteve em Éfeso, mas nunca acompanhado de Maria. A Igreja deduziu que Jesus entregou Maria aos cuidados de João quando na cruz: “Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho”. João 19:26. O discípulo que Jesus mais amava aparece em várias passagens na bíblia, mas ninguém pode afirmar com certeza que este discípulo era João. Jesus, inicialmente, arrebanhou doze apóstolos para seguí-lo mas, nesta época, Ele tinha aproximadamente setenta discípulos, incluindo Maria Madalena e Salomé. João contou esta história em seu evangelho, mas não significa que o discípulo mais amado era João, ou ele teria dito isto. Ele não diria: “Jesus viu alí o seu discípulo mais amado”, e ele se identificaria como sendo ele o discípulo mais amado. Existem evidências de que este discípulo teria sido Tiago ou Lázaro, de Betânia, pois Jesus demonstrou claramente que amava muito a Lázaro, observe: “Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se. Jesus chorou. Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava”. João 11:3-36. Eusebio, no seu livro, “História da Igreja”, nunca cita Maria como tendo estado algum dia em Éfeso com João. E Irineu falando de João em Éfeso no seu livro “contra heresias e fragmentos” não cita Maria acompanhando João em suas várias citacões sobre o mesmo, e diz também: “A igreja em Éfeso, fundada por Paulo, e tendo João permanecido entre eles permanentemente até o tempo de Trajano é uma verdadeira testemunha da tradicão dos apóstolos”. Capítulo III, Pag. 1974. E mais: “Epifânio estava preocupado em apontar que, embora a Bíblia diz que João estava saindo para a Ásia, ele NÃO diz que Maria foi com ele”. Portanto, Maria nunca esteve em Éfeso com João.
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A IGREJA DE MARIA EM ÉFESO
A igreja é datada do início do século 5, coincidindo com o Concílio de Éfeso, o terceiro Concílio Ecumênico em 431, o que sugere que ela pode ter sido construída especificamente para esse Terceiro Concílio Ecumênico, durante a qual o título de Mãe de Deus para com Maria, a mãe de Jesus, foi tornado realidade. A mais recente evidência arqueológica sugere que a igreja foi construída sobre as ruínas de uma antiga basílica romana, um edifício abandonado por volta do século 3. Cerca de 500, a igreja foi ampliada em uma catedral monumental.
A igreja serviu como uma catedral e foi a sede do Bispo de Éfeso durante Antiguidade Tardia.
A igreja serviu como uma catedral e foi a sede do Bispo de Éfeso durante Antiguidade Tardia.
Sobre a Igreja de Maria em Éfeso, ela foi construída aproximadamente em 500 d.C. E não existia, como diz a Igreja, na época do Concílio de Éfeso. É interesse da Igreja Católica que o povo acredite que já existia esta Igreja na época do Concílio porque foi neste Concílio que decidiram que Maria era a mãe de Deus e quiz se passar a impressão de que o povo de Éfeso já cultuava Maria, nesta época, e que Maria era a mãe de Deus. A Igreja de Maria, como se pode ver abaixo, foi construída muito depois da data em que se realizou este concílio e este somente aconteceu em Éfeso devido à cidade estar bem localizada e ser de fácil acesso, como afirma o imperador Teodósio: “Optamos por Éfeso porque é uma cidade de fácil acesso para quem vem por terra ou por mar, e assim obter fornecimento de todos os produtos locais e importados úteis para seus habitantes”.
Temos abaixo uma confirmacão de que esta igreja não existia nesta época em Éfeso como se pode ver:
Na década de 1990 , Stefan Karweise e sua equipe de arqueólogos escavaram a Igreja de Maria com resultados surpreendentes. Ele relata :
Em uma trincheira do lado de fora do muro da igreja, tem evidências incontestáveis que provam que a igreja não foi construída já no período de Constantino , nem mesmo em 431, mas algumas décadas mais tarde . A evidência arqueológica de fragmentos e moedas provou sem sombra de dúvida que as paredes laterais, feitas de enormes blocos de calcário que podem ter vindo de fundamentos da Olympeion, não foram erguidas antes de cerca de 500. Uma vez que estas paredes fechadas nas laterais [...] pertencem à época em que a igreja foi fundada . A data de Constantino … deve ser rejeitada … e em vez disso, uma data no reinado de Anastácio I [ 491-530 ] deve ser empregada . Da mesma forma, está claro que as paredes de blocos não substituem as mais velhas paredes da igreja , uma vez que não existe qualquer evidência disto. Disponível em: < http://www.sacred-destinations.com/turkey/ephesus-church-of-the-virgin.htm > Acesso em 19/04/2013.
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CRIANDO O MITO DE QUE MARIA VIVEU E MORREU EM ÉFESO
A descricão milagrosa da morte de Maria e a sua ida para o céu de corpo e alma, surgiu no século IV havendo oito versões que afirmam que Maria morreu em Jerusalém, inclusive as versões em que mencionam João indo para Éfeso.
Existe agora uma casa, que dizem, Maria viveu e morreu na mesma, localizada em Éfeso, para onde João a levou depois da morte de Jesus. Mas, segundo consta, João nunca levou Maria para Éfeso e nada faz crer que Jesus entregou Maria à João. Não há nenhuma evidência de que isto tenha ocorrido.
O livro “On the Dormition: Early Patristic Homilies edited by Brian Daley”, excerpt from the Euthymiac History, pag. 224, contém um relato da “dormicão” milagrosa de Maria, provavelmente século V, que coloca sua morte como tendo ocorrido em Jerusalém, como é mostrado a seguir:
“E convocando Juvenal, o arcebispo de Jerusalém, e os bispos da Palestina que estavam hospedados na capital por causa do sínodo, em seguida, foi realizada Calcedônia [Outubro, 451], que lhes disse: “Ouvimos dizer que a primeira e mais notável igreja de toda Santa Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, é em Jerusalém, no lugar chamado Getsêmani, onde o seu corpo foi colocado em um caixão. Agora nós queremos trazer esta relíquia para cá, para proteger esta cidade real “.
Arqueólogos examinaram o edifício identificado como a “Casa da Virgem”, e dizem que a maior parte da construcão pertencente a este edifício data do século 6 ou 7 sendo que os fundamentos podem datar do primeiro século d. C., e também não existe nenhuma evidência, qualquer que seja, literária ou arqueológica, sobre túmulo ou relíquias associadas a Maria em Éfeso.
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A FRAUDE SOBRE AS VISÕES DE ANA CATARINA EMMERICH
A história da casa, que se diz que Maria viveu e morreu nela, é absurda. Atribui-se a “descoberta” desta casa a uma freira alemã, Anne Catherine Emmerich que “acordou com um estígma e teve visões sobre Maria e João viajando de Jerusalém para Éfeso. Segundo se afirma, ela descreveu todos os detalhes da casa onde Maria teria vivido e diz que a mesma morreu com 64 anos de idade, sendo sepultada numa caverna perto da casa.
Quem anotou e escreveu todas as visões de Emmerich foi um escritor de nome Clemens Brentano que incluía nos relatos cenas do Novo Testamento, da Virgem Maria e escrevia estas notas mais tarde, sozinho, em seu apartamento. Ele só concluiu a edicão dos seus registros dez anos depois da morte da vidente. Ele publicou “A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo de acordo com as meditacões de Anne Catherine Emmerich” em 1833, deixando preparada uma outra obra a ser publicada sobre as visões intitulada como a “Vida da Virgem Maria das visões de Anna Catherine Emmerich”, mas ele morreu em 1842, sendo o livro publicado postumamente em 1852 em Munique.
Em 1923, em sua tese teológica, o padre alemão Winfried Hümpfner, que havia comparado notas originais de Brentano com os livros publicados, escreveu que Clemens Brentano tinha inventado grande parte do material que tinha atribuído à Emmerich.
Em 1928, os especialistas tinham chegado à conclusão de que apenas uma pequena porção de livros de Brentano pode ser atribuída com segurança à Emmerich.
No momento da beatificação de Anne Catherine, em 2004, […] o Pe. Peter Gumpel afirmou: “Não é absolutamente certo que ela escreveu isso. Há um problema sério de autenticidade”. De acordo com Gumpel, os escritos atribuídos a Emmerich foram “absolutamente descartados” pelo Vaticano como parte de seu processo de beatificação. Disponível em: < http://en.wikipedia.org/wiki/Anne_Catherine_Emmerich > Acesso em 18/04/2013
Apesar do Vaticano saber, com certeza, que a maioria dos escritos de Brentano sobre as visões de Emmerich eram falsas, um clérigo francês de nome Gouyet, lendo os escritos de Brentano, viajou para Éfeso com a finalidade de encontrar uma casa que estivesse de acordo com as descricões e, encontrando-a, mandou recado aos bispos de Paris e Roma sobre o seu achado. Em 27 de Junho de 1891, dois sacerdotes e mais dois especialistas católicos foram pra Éfeso ver a casa, voltaram com o relatório, e mais padres e especialistas foram enviados ao local. Desde 1892 então, a “Casa da Virgem” vem recebendo visitantes e peregrinos.
A Santa Sé diz que não tem ainda uma posicão oficial sobre a autenticidade do local, MAS…MAS, em 1896 ela foi visitada pelo Papa leão XIII, em 1951 o Papa Pio XII declarou a casa um lugar santo. Depois ela foi visitada pelo Papa João Paulo VI em 1967, o Papa João Paulo II em 1979, e Bento XVI, em 2006 que, ao visitar a casa, tratou-a como um santuário.
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Muro dos Pedidos
O que significam todas estas visitas dos Papas a esta casa? É o mesmo que dizer para o povo: “A igreja aprova” e, “se o Papa esteve lá, é porque a casa era mesmo a casa de Maria”, “a casa é santa”. E o povo está indo, acreditam e enchem o muro com pedacos de papel em que fazem pedidos, bebem e carregam com eles a “água santa” e recebem milagres. E como a Igreja afirma que Maria é imaculada, sem pecado original e não morreu, ela deve estar viva andando por aí e rindo muito deste povo bobo.
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ONDE MORREU MARIA, EXATAMENTE?
Da mesma forma como existe em Éfeso um túmulo de Maria, existe também um túmulo de Maria no Vale do Kidron, ao pé do Monte das Oliveiras, em Jerusalém e considerado por cristãos orientais como sendo o local do sepultamento de Maria, mãe de Jesus.
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Referências
(a) The vowels are pronounced as in “veto” and “me so”.
(b) Klausner, Joseph, From Jesus to Paul, Macmillan Co., 1943, pp 33-34.
(c) Baron, Salo, A Social and Religious History of the Jews, Columbia Univ. Press, N.Y., and Jewish Publication Society, Philidephia, 1952, vol. 1, pp 170-171.
(d) Seneca, Ad Lucilium Epistulae Morales, Vol. III, Epistle XCV.47, pp 87-89.
(e) St. Augustine, City of God, Modern Library, Random House, 1950, 6.11, p 202.
(f) Seneca, Ad Lucilium Epistulae Morales, Vol. I, Epistle XLVI, pp 299-300.
(g) Tacitus, Annals, XV.54,71.
(h) Having destroyed the Temple, Piso could then have Jesus (whom he was predating to 40 years before the Temple’s destruction) prophecy the destruction because of the Jews’ rejection of him! (Mat. 23.37-38).
(i) Roman historians (Suet. Nero 49, and Dio Cassius 63.29) explain merely that Epaphroditus assisted the emperor’s suicide. See also Tacitus, Annals XV.55, footnote 2.
(j) Tacitus, Histories I.14.
(k) Tacitus, Histories II.74-81.
(l) Tacitus, Histories III.2, footnote 1.
(m) (Tacitus) Vespasian relied on Piso because he was grandson of his own brother—Vespasian’s brother, T. Flavius Sabinus, had married Arria Sr., who was Piso’s maternal grandmother. Piso’s identity as thus also a Flavian is decipherable from the appearance in the Flavian family line of L. Caesennius Paetus (Townend, Gavin, Some Flavian Connections, Journal of Roman Studies LI.54,62, 1961). That was an alias (like Thrasea Paetus) of Piso’s father, L. Calpurnius Piso.
See page 20 supra, wherein Piso himself also is mentioned as a Caesennius Paetus. That is the true reason Piso used the literary pseudonym of Flavius; it was not because of his alleged-but untrue and hardly necessary-adoption by Emperor Flavius Vespasian. He was in fact a Flavian.
Piso humorously used the three basic consonants of the Flavians’ Sabinus name, SBN, in revised sequences for some of his fictional literary identities:
Piso humorously used the three basic consonants of the Flavians’ Sabinus name, SBN, in revised sequences for some of his fictional literary identities:
(1) BarNaBaS who appears in Acts 4.36 and there specifically stated as another name of a Joseph (Josephus!)
(2) BarNaBazoS in Antiq. XI.207,
(3) BaNnoS in Vita 11, the mirror-image of John the Baptist.
The same device of rearranging consonants was used in recreating Afranius Burrus, the friend of Seneca (Tacitus, Annals XIII-XIV)-and therefore of Lucius Piso. He was Nero’s Praetorian Prefect, and then several years before Seneca’s death, was himself a victim of the emperor. Burrus reappears as BaRaBbaS, the fictional brigand in Mat. 27.16.
(n) (Tacitus, Histories III.6). The realization that Marcus Antonius Primus was a pseudonym of Arius Calpurnius Piso is based on these factors:
1. The name in Pliny’s letters under which Piso is the latter’s wife’s grandfather is Arius Antoninus.
2. According to Suetonius (Lives of the Caesars, Book IV. XXV), Emperor Caius Caligula appropriated Gaius Piso’s wife at Piso’s marriage. That would have been about the year 36–the year before Arius’ birth. Caligula is known to have been a descendant of Mark Antony (Marcus Antonius). Seemingly Suetonius was teasing at the questioned paternity of Piso’s alter ego creation.
3. Tacitus’ caustic description of Marcus Antonius Primus remind one of Piso.
4. The idea to call Piso “Antonius Primus”—was his own. It was Piso himself in his Jewish War IV.495 who first detailed Antonius Primus’ campaign for Vespasian against Vitellius. Also Josephus inserts “Antonius” (himself!) as a centurion who dies at the capture of Jotapata (Jewish War III.333).
5. Marcus Antonius Primus’ colleague in the campaign against Vitellius is named Arrius Varus (Tacitus, Histories III.6). This is yet another alter ego of Piso himself. In the mid-50’s (C.E.), while in his late teens, young Piso was a prefect of a cohort of legionnaires in the campaign against Vologeses, King of Armenia—serving there (in Tacitus, Annals XIII.9) under the name of Arrius Varus.
6. His exploits as General Marcus Antonius Primus account for his absence from Judaea in the years 67-69, between his defeat as Cestius Gallus and his reappearing to assist Titus as the siege of Jerusalem in 70. Rather than being Vespasian’s prisoner in chains, he was his general, advancing on Rome in his behalf.
(o) Tacitus, Histories, III.82-86. Also “the supreme authority was exercised by Antonius Primus” (Tacitus, Histories, IV.2).
Fotos: Outras Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Conc%C3%ADlio_de_Niceia Acesso em 18/04/2013.
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